domingo, 27 de junho de 2010

Falando sobre a moeda de troca...

Por Shirlene Álvares Segundo Pedro Bloch, no seu texto “Vamos trocar idéias” se você tem duas moedas e dá uma moeda para cada criança, e essas crianças trocam as moedas, cada criança terá uma moeda após a troca, mas se as crianças, cada uma tem uma idéia e trocam as idéias entre si, cada criança obterá duas ideias cada uma, a que já tinha e a ideia nova adquirida pela troca. No mundo da linguagem é assim, ideias trocadas trazem informações, experiências do Outro , acresce conhecimento. E nas relações humanas o dito, o interdito, o não-dito pode alcançar essa troca. Porque tudo que não está dito pode está querendo dizer e o que está dito pode ter um dizer por trás, um não significante, mas com um significado. Na Dialética Marxista estudamos a negação do não, o que abre leque para um terceiro prisma, uma terceira opção, então, quando estamos em situação de troca não trocamos moedas, mas conhecimento, informações, sentimentos e tudo depende da compreensão e da dialética posicional que temos diante do vivido, pensado, falado. Vejamos um quadro que trata da troca das moedas e pode explicar melhor, metaforicamente, o que acabo de explanar: Dois sujeitos, duas moedas de R$ 0,10, e situações que refletem as teorias citadas: No âmbito da linguagem e das relações humanas esta seria a pragmática coerente: somar e não competir, disputar. Há relações que são e se tornam verdadeiras disputas. Falo de relações humanas em geral. Acredito que vários fatores interferem nestas relações sociais, mas nenhuma relação foge do fato de acreditarmos que temos esse poder de trocar, somar ou simplesmente, ser indiferente ao processo. Pensem nesta situação de troca... Somar só é possível quando os dois querem e não haja egoísmo de uma das partes. Outro com letra maiúscula por se tratar de uma referência da Teoria Lacaniana.

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