terça-feira, 19 de outubro de 2010

Por que Eva comeu a maçã?

SILVA, Shirlene Álvares

No Paraíso, Eva estava descansando ao pé de uma árvore. Eva guardava sua nudez peculiar com folhas de parreira. Estava meio ressabiada pelas brigas intermináveis que tinha com Adão. Como poderia ter paz, se no paraíso havia somente ela e Adão e os dois já não se entendiam mais? Neste momento de reflexão, Eva viu se aproximar a serpente maldita... A serpente fitou-a por minutos e logo puxou conversa:
- Eva, tá vendo aquela fruta ali no alto da macieira?
Eva fez que sim com a cabeça.
E a serpente continuou:
- Coma a maçã e você sairá deste marasmo que é o paraíso, terá uma vida agitada, cheia de regalias, belos vestidos, festas chiques, jóias e badalação.
Eva pensou e lembrara das palavras advindas do céu, de que aquele era um fruto proibido e respondeu:
- Não posso.
A serpente, então, fez outra investida:
- Eva, coma a fruta que você ficará poderosa, exercitará seu domínio sobre a vontade dos homens, todos que se aproximarem de você, ajoelhará a seus pés.
Novamente, Eva se pôs a pensar nas recomendações de quando fora criada para ser submissa ao homem:
- Não, não posso.
A cobra já estava indignada e fez novas promessas:
- Eva, se você comer do fruto, viajará pelos lugares mais lindos e sofisticados. Terás riqueza. Conhecerás o mundo.
 Eva suspirou imaginando tudo que poderia ter se comesse o fruto proibido... mas, relutou: 
- Não, não posso. 
A serpente, já estarrecida pela resistência de Eva, propôs um infinitude de benefícios:
- Eva, se comeres do fruto, terás grandes tesouros: prata, ouro, diamantes, pérolas, enfim, preciosidades nunca dantes vistas!
E, mais uma vez, Eva se conteve:
- Não, não posso e não devo. O fruto é proibido.
Então, a cobra enrolou-se no tronco da árvore, abocanhou a maçã mais vermelha e brilhante do pé e sorrateiramente disse:
- Eva se comeres deste fruto, você emagrecerá, deixando para trás celulites, estrias e gorduras indesejáveis, seu corpo terá o formato de um violão, nunca precisarás fazer plástica, nem lipo e, muito menos usar silicone. 
Desta vez, Eva não resistiu e deu uma mordida salivante na maçã.

  História dedicada à aluna Olga Barros Teixeira (68) da turma do SESI Ferreira Pacheco, onde ela nasceu, da dinâmica de criar histórias através das imagens. Projeto Histórias Contadas – Oficina “Quem conta um conto, aumenta dois pontos...”

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pai

Por Shirlene Álvares

Pai, já são 153 dias... Como falar da sua falta? Eu tentaria atravessar o universo, a luz solar, a alma humana pra ter um minuto e olhar nos teus olhos, pra falar de um amor verdadeiro  que nem as pérolas de todo globo terrestre, e nenhuma pedra preciosa seria capaz de comprar...
Há uma inquietude dentro da gente quando alguém que veneramos parte... e, nunca se despede... diz adeus. O peito sangra, há uma saudade que nunca vai se dirimir...
Pai, como entender toda a vida, sem você pra explicar, fazer rir, acreditar?
Você era meu mestre... ensinou-me a amar... a ser otimista sempre...
Lembro-me das garças mato-grossenses daquele postal, aos 15 anos de idade...
Do sorriso que fazia rir aos outros.
Pai, desconheço outra forma de dizer da dor que sinto...
Das vezes que falta o oxigênio e as histórias que nos contava.
Seu sofrimento nunca terá sido em vão...
Hoje, todas as lembranças contidas na história das histórias da minha vida tem a sua marca... de um pai que foi carinhoso, presente e protetor.
Tudo que eu fizer na vida terá um principio básico: a fé no homem, que aprendi respirando as suas histórias sobre como meu avô era sábio...
Pai, ninguém mais deita na rede, pra dormir até a madrugada afora, ninguém mais bebe leite com farinha, e nem eu como mais os bijus da sua farinha...
Você faz falta demais!

Gyn, 13 de outubro de 2010.

sábado, 9 de outubro de 2010

Nós

No silêncio... o mesmo pensamento, No encontro... beijos, No abraço... arrepios, Na distância... desejo, Uma cumplicidade sem medida! 10 de outubro de 2010...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Histórias que conto... para encantar


1.     A formiguinha e a neve - Braguinha
2.     A história da Sherazade - Ruth Rocha
3.     A Mula-sem-cabeça - Conto mineiro
4.     A vogal "i" quer ir embora
5.     Árvore Genealógica - Luís Fernando Veríssimo
6.     As Fadas - Charles Perrault
7.     Campo Santo - Bia Bedran
8.     Chupa essa manga, doutora! - Mirelle Araújo
9.                Como se fosse dinheiro - Ruth Rocha
10.            Coração Conta Diferente - Lino de Albergaria
11.            Esquecer para lembrar - Rubem Alves
12.           Geni e o Zepelim - Chico Buarque de Holanda
13.            João Jiló - Conto popular mineiro
14.           O Acordo – Shirlene Álvares da Silva
15.           O caso do espelho
16.           O caso do minerinho - conto popular
17.           O Diário do Lobo: a verdadeira história dos três porquinhos - John Scieska
18.            Meu nome é felicidade
19.            Orgulhosa - Trasíbulo Ferraz
20.             Perfume de mãe
21.             Por que Eva comeu a maça? – Shirlene Álvares da Silva
22.            Tereza tinha os lábios grossos - Conto Popular (lenda) de Jaraguá Solidariedade
23.            Um homem de consciência - Monteiro Lobato
24.            Um homem sem sorte
25.            Vamos caçar
26.            Ver-de-ver meu pai - Celso Sisto

domingo, 8 de agosto de 2010

Ser pai é ser certeza...

Um navio, fortemente sacudido pelo vendaval, ameaçava ir à pique. Era grande o desespero dos marujos e dos viajantes, que no auge da tormenta atiravam todos os objetos pesados ao mar, para que fosse diminuído o peso da embarcação. Homens e mulheres corriam nervosamente de um lado para o outro, e rezavam para que a tormenta parasse. Quando quase já não restavam mais esperanças, o capitão teve uma grande surpresa. Entrando num camarim, viu que um menino dava fortes gargalhadas. E quanto mais o barco balançava, mais o garoto se divertia. O oficial espantado, repreendeu-o severamente: - Menino, você não tem juízo? Estamos todos prestes a morrer e você brincando desse jeito? O pequeno levantou-se, olhou para o oficial e respondeu: - Não tem perigo capitão, é meu pai que está no leme.

domingo, 27 de junho de 2010

Comprometido e Compromissado

Por Shirlene Álvares Há pessoas que se julgam comprometidos com uma causa, situação, instituição, processo, enfim, com as coisas das quais deve ser responsável. Lembro-me sempre do Prof. Odair Firmino(UEG) quando proferia em sua fala a diferença entre o comprometido e o compromissado. É simples! Imaginemos uma situação de café da manhã em um hotel fazenda. Você acorda e vai tomar o café da manhã. À mesa, você encontra ovos, bacon, pão, manteiga, pão-de-queijo, frutas, sucos de vários sabores, queijo, etc. Você, então, resolve comer ovos e bacon com pão. Agora peço que reflita as seguintes situações: Para que você pudesse comer os ovos as galinhas que os botaram, após o feito saíram a cacarejar anunciando a todos à sua volta o que havia feito. Já, para comer o bacon, o porco que deu origem ao mesmo, teve que morrer, ser sacrificado. E não pode dizer aos outros a que veio. No mundo há pessoas assim... que anunciam como as galinhas e batem no peito para dizerem o que fez e cobram de outrens os “louros” pelo alcançado. Fazem questão de se tornarem prenúncios de mundo para o fim do mundo. No entanto, há pessoas que são como os porcos, dão o sangue por uma causa, instituição e desejam o sucesso de todos mesmo que ele não seja congratulado. Não quero com isso, desejar pessoas-galinhas ou pessoas-porcos, compreendo que devemos ser a medida dos dois. Ficar sem ovos ou sem bacon deve ser ruim... Imagino que ser comprometido e compromissado são diferenças intrínsecas do ser humano, não dá para medir o que é melhor ou pior. Está na natureza das pessoas. Mudar não é fácil! E acho que muitas vezes não seja necessário! Cada um sabe da sua história!

Falando sobre a moeda de troca...

Por Shirlene Álvares Segundo Pedro Bloch, no seu texto “Vamos trocar idéias” se você tem duas moedas e dá uma moeda para cada criança, e essas crianças trocam as moedas, cada criança terá uma moeda após a troca, mas se as crianças, cada uma tem uma idéia e trocam as idéias entre si, cada criança obterá duas ideias cada uma, a que já tinha e a ideia nova adquirida pela troca. No mundo da linguagem é assim, ideias trocadas trazem informações, experiências do Outro , acresce conhecimento. E nas relações humanas o dito, o interdito, o não-dito pode alcançar essa troca. Porque tudo que não está dito pode está querendo dizer e o que está dito pode ter um dizer por trás, um não significante, mas com um significado. Na Dialética Marxista estudamos a negação do não, o que abre leque para um terceiro prisma, uma terceira opção, então, quando estamos em situação de troca não trocamos moedas, mas conhecimento, informações, sentimentos e tudo depende da compreensão e da dialética posicional que temos diante do vivido, pensado, falado. Vejamos um quadro que trata da troca das moedas e pode explicar melhor, metaforicamente, o que acabo de explanar: Dois sujeitos, duas moedas de R$ 0,10, e situações que refletem as teorias citadas: No âmbito da linguagem e das relações humanas esta seria a pragmática coerente: somar e não competir, disputar. Há relações que são e se tornam verdadeiras disputas. Falo de relações humanas em geral. Acredito que vários fatores interferem nestas relações sociais, mas nenhuma relação foge do fato de acreditarmos que temos esse poder de trocar, somar ou simplesmente, ser indiferente ao processo. Pensem nesta situação de troca... Somar só é possível quando os dois querem e não haja egoísmo de uma das partes. Outro com letra maiúscula por se tratar de uma referência da Teoria Lacaniana.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Se...

Se você quisesse Se você imaginasse Se você sentisse Me encontrava no pensamento Não haveria “ses” E eu seria toda sua... Shi...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Lembrança da missa de 7º dia do meu pai: Dr. Thomaz Álvares da Silva

Luto pela morte do meu pai

Estou de Luto! Meu querido pai nasceu em 18 de setembro de 1941, na cidade de Jaraguá. Filho de Manoel Marcelino da Silva Álvares e Rosa da Costa Freire. Era o quarto de uma prole de 17 filhos. Foi pai de 6 filhos: Shirley, Gilberto Antônio † 22/08/1990, Roberto Manoel † 06/03/2008, Shirlene (Eu), Simone e Eduardo; 18 netos e 1 bisneto. Meu pai foi um homem que viveu com intensidade todos os momentos de sua vida. Sempre foi carinhoso com os filhos. Era altivo, alegre, romântico. Adorava a política, deixou sua marca. Poeta inveterano, gostava de escrever e declamar poesias. Formou-se em Direito no CEUB em Brasília juntamente com o irmão Tubertino. O amor que dedicava à sua terra natal e ao pé de serra sempre o fez lutar para estar e/ou morrer lá. Saber ser o herdeiro das terras que pertenceram ao Pe. Silvestre Álvares da Silva, o fazia um homem de valores, estes que fazem preservar a história de sua família. Ter sido filha de um homem de tantos amigos e de amizades profícuas faz de mim uma menina que retorna à infância para recordar os momentos mais felizes da vida de uma pessoa. A filha que admira o pai pelo que ele é. Ele era vaidoso consigo mesmo, adorava um bom perfume e fica alinhadíssimo vestido num bom terno. Para ele homem devia sempre usar gravata. Meu pai foi do tempo em que um fio de bigode valia mais que mil palavras. Fez minha mãe, uma mulher plena que se constitui na vida do homem como a mãe dos filhos, a esposa e a guerreira. Para ele, minha mãe era uma pedra preciosa intocável, impossível de ser lapidada, porque a enxergava perfeita. Tive orgulho, por muitas vezes de ser filha dele. Admirava-o em suas oratórias, a minha arte de contar histórias teve raízes em sua prática de contar a própria vida. Ser pai, marido, homem, amigo não são tarefas fáceis... Meu pai teve falhas sim, não era perfeito, mas era digno de ser admirável nas qualidades que tinha e trazia “na algibeira”. Aprendi a ser feliz com ele. E ali, no dia 14 de maio de 2010, na Câmara Municipal de Jaraguá, compreendi que não era somente eu que o tinha por amigo e pai. Mas, as lágrimas da dor chamada saudade brotou no coração de muitos amigos, companheiros, parentes, irmãos. Pessoas vieram de longe para dar o último adeus. O Divino Espírito Santo se fez presente, quando os cavaleiros Mouros e Cristãos ecoaram o Hino do Divino, momentos em flasblack tomaram conta de minha memória. Vi meu pai deitado na rede, a ninar meu filho mais velho sobre sua barriga cantando o Hino do Divino: “Vinde Espírito Divino, consolador descei lá do céu...” e o Renato Flávio chorou... As palavras do Jhaudheir, a missa de corpo presente celebrada pelo Pe. Edmilson Luiz Almeida e a homenagem prestada pelos cavaleiros das Cavalhadas com os mantos sobre o caixão emocionaram a todos e a mim especialmente, que agora colocando no papel todo este relato, sirvo de lágrimas para pedir a Deus serenidade para deixar o tempo cicatrizar as feridas que não se fecham de forma absoluta. Obrigada, Senhor pela vida do meu pai!

Luto pela morte do meu pai

Estou de Luto! Meu querido pai nasceu em 18 de setembro de 1941, na cidade de Jaraguá. Filho de Manoel Marcelino da Silva Álvares e Rosa da Costa Freire. Era o quarto de uma prole de 17 filhos. Foi pai de 6 filhos: Shirley, Gilberto Antônio † 22/08/1990, Roberto Manoel † 06/03/2008, Shirlene (Eu), Simone e Eduardo; 18 netos e 1 bisneto. Meu pai foi um homem que viveu com intensidade todos os momentos de sua vida. Sempre foi carinhoso com os filhos. Era altivo, alegre, romântico. Adorava a política, deixou sua marca. Poeta inveterano, gostava de escrever e declamar poesias. Formou-se em Direito no CEUB em Brasília juntamente com o irmão Tubertino. O amor que dedicava à sua terra natal e ao pé de serra sempre o fez lutar para estar e/ou morrer lá. Saber ser o herdeiro das terras que pertenceram ao Pe. Silvestre Álvares da Silva, o fazia um homem de valores, estes que fazem preservar a história de sua família. Ter sido filha de um homem de tantos amigos e de amizades profícuas faz de mim uma menina que retorna à infância para recordar os momentos mais felizes da vida de uma pessoa. A filha que admira o pai pelo que ele é. Ele era vaidoso consigo mesmo, adorava um bom perfume e fica alinhadíssimo vestido num bom terno. Para ele homem devia sempre usar gravata. Meu pai foi do tempo em que um fio de bigode valia mais que mil palavras. Fez minha mãe, uma mulher plena que se constitui na vida do homem como a mãe dos filhos, a esposa e a guerreira. Para ele, minha mãe era uma pedra preciosa intocável, impossível de ser lapidada, porque a enxergava perfeita. Tive orgulho, por muitas vezes de ser filha dele. Admirava-o em suas oratórias, a minha arte de contar histórias teve raízes em sua prática de contar a própria vida. Ser pai, marido, homem, amigo não são tarefas fáceis... Meu pai teve falhas sim, não era perfeito, mas era digno de ser admirável nas qualidades que tinha e trazia “na algibeira”. Aprendi a ser feliz com ele. E ali, no dia 14 de maio de 2010, na Câmara Municipal de Jaraguá, compreendi que não era somente eu que o tinha por amigo e pai. Mas, as lágrimas da dor chamada saudade brotou no coração de muitos amigos, companheiros, parentes, irmãos. Pessoas vieram de longe para dar o último adeus. O Divino Espírito Santo se fez presente, quando os cavaleiros Mouros e Cristãos ecoaram o Hino do Divino, momentos em flasblack tomaram conta de minha memória. Vi meu pai deitado na rede, a ninar meu filho mais velho sobre sua barriga cantando o Hino do Divino: “Vinde Espírito Divino, consolador descei lá do céu...” e o Renato Flávio chorou... As palavras do Jhaudheir, a missa de corpo presente celebrada pelo Pe. Edmilson Luiz Almeida e a homenagem prestada pelos cavaleiros das Cavalhadas com os mantos sobre o caixão emocionaram a todos e a mim especialmente, que agora colocando no papel todo este relato, sirvo de lágrimas para pedir a Deus serenidade para deixar o tempo cicatrizar as feridas que não se fecham de forma absoluta. Obrigada, Senhor pela vida do meu pai!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Na veia

Na Veia Cordel Do Fogo Encantado Composição: Lirinha Eu vou cantar pra saudade Com seu vestido vermelho E a sua boca Eu vou cantar pra saudade Descer na minha cabeça E comandar sua festa Aquele cheiro, som, imagem do teu corpo incendeia E um rio carregado de saudade vem correr na minha veia Na veia, amor, na veia É como a luz da lua que atravessa a parede da cadeia Clareia mais forte que o sol E Quando a saudade chegar com seu batalhão de agitadores E tantas bandeiras Vou cantar aquele som da gente Vou rasgar o teu vestido novo PINTO DO MONTEIRO esta palavra saudade conheço desde criança saudade de amor ausente não é saudade, é lembrança saudade só é saudade quando morre a esperança

terça-feira, 27 de abril de 2010

O IDIOTA E A MOEDA

'Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor de 2.000 REIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. Eu sei, respondeu o tolo. 'Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda' Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa: A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é. A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história? A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda. Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos. O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente. > Arnaldo Jabor
De tudo ficaram três coisas: A certeza de que estamos sempre começando. A certeza de que precisamos continuar. A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar. Portanto, devemos: Fazer da interrupção um caminho novo. Da queda, um passo de dança. Do medo, uma escada. Do sonho, uma ponte. Da procura, um encontro.
Fernando Pessoa

Fernando Pessoa

Onde você vê um obstáculo, alguém vê o término da viagem e o outro vê uma chance de crescer. Onde você vê um motivo pra se irritar, Alguém vê a tragédia total E o outro vê uma prova para sua paciência. Onde você vê a morte, Alguém vê o fim E o outro vê o começo de uma nova etapa... Onde você vê a fortuna, Alguém vê a riqueza material E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total. Onde você vê a teimosia, Alguém vê a ignorância, Um outro compreende as limitações do companheiro, percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo. E que é inútil querer apressar o passo do outro, a não ser que ele deseje isso. Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar. "Porque eu sou do tamanho do que vejo. E não do tamanho da minha altura."

Quando você crescer - Raul Seixas

O que que você quer ser quando você crescer? Aguma coisa importante Um cara muito brilhante Quando você crescer Não adianta, perguntas não valem nada É sempre a mesma jogada Um emprego e uma namorada Quando você crescer E cada vez é mais difícil de vencer Pra quem nasceu pra perder Pra quem não é importante... É bem melhor Sonhar, do que conseguir Ficar em vez de partir Melhor uma esposa ao invés de uma amante Uma casinha, um carro à prestação Saber de cor a lição, Que no... Que no bar não se cospe no chão, nego Quando você crescer Alguns amigos da mesma repartição Durante o fim-de-semana Se vai mais tarde pra cama Quando você crescer E no subúrbio, com flores na sua janela Você sorri para ela E dando um beijo lhe diz: Felicidade é uma casa pequenina e amar uma menina E não ligar pro que se diz. Belo casal que paga as contas direito bem comportado no leito Mesmo que doa no peito Sim... Quando você crescer E o futebol te faz pensar que no jogo Você é muito importante Pois o gol é o seu grande instante Quando você crescer Um cafézinho mostrando o filho pra vó Sentindo o apoio dos pais Achando que não está, só Quando você crescer Quando você crescer Quando você crescer
"Nada tenho Vez em quando tudo Tudo quero Mais ou menos quanto Vida, vida Noves fora zero Quero viver, quero ouvir Quero ver" (Z.B.)

Não te amo mais

Não te amo mais Estarei mentindo dizendo que Ainda te quero como sempre quis Tenho certeza que Nada foi em vão Sinto dentro de mim que Você não significa nada Não poderia dizer mais que Alimento um grande amor Sinto cada vez mais que Já te esqueci! E jamais usarei a frase Eu te amo! Sinto, mas tenho que dizer a verdade É tarde demais. Você sempre pode mudar a sua história. Leia agora esse poema de baixo para cima. "Ser loucamente entusiasmado ou mortalmente sério - as duas coisas estão erradas. Ambas passam. Deve-se ter sempre presente o senso de humor. Depende inteiramente de você o quanto vê, ou ouve, ou compreende. Mas tenho encontrado senso de humor em cada ocasião de minha vida. Agora você talvez possa compreender o que significa ser 'indiferente'. É aprender a não se importar, e não revelar sua mente" Katherine Mansfield. "Ouse, ouse... ouse tudo!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!" Lou Andreas-Salomé

A vida

Viver é a mais importante de todas as artes. É também o mais longo de todos os aprendizados. Ela pode, em verdade, ser trágica em seu conteúdo e meteórica em seu percurso. Rica e admirável em sua mensagem e saudosa em sua lembrança. O barro da vida clama por mãos de mestre que a moldem. Caso contrário, poderá ficar longe da grandeza para a qual estava destinada. Ganha-se a vida de graça, mas aprende-se a vivê-la de cobranças. Nunca temos o suficiente nem nunca somos na medida justa. Mesmo assim, a vida continua se dando de graça, até para os que vivem desgraçadamente. Vamos aprendendo aos percalços, nos acertos e cabeçadas, com o bem e o mal que nos tenta. Continuamos a ser, no dia a dia, até o fim, seus aplicados ou displicentes e, quem sabe, indisciplinados discípulos. Aprendemos, quando a vida nos derruba, por exemplo, que os tombos doem, até ao dia em que já sabemos como cair e não mais dramatizamos, exageradamente, os quedas que sofremos. Aprendemos, quando a vida nos afaga, que o coração gosta de ser massageado, até que descobrimos que tais satisfações são pequenas, e que só o verdadeiro grande amor nos completa. Quando a vida nos sussurra mil promessas, podemos aprender que cair numa tentação pode significar um desastroso descaminho de graves consequências. A vida é a riqueza maior que temos que, infelizmente, só a aprendemos a apreciar quando estamos quase por perdê-la. Os anos que temos foram o tempo que já ganhamos para aprender arte de fazer da vida uma fonte de felicidade e de bem aventurança para nós e para os outros. "O HOMEM PERDE A SAÚDE PARA JUNTAR DINHEIRO. PERDE DINHEIRO PARA RECUPERAR A SAÚDE. PENSA ANSIOSAMENTE NO FUTURO E ESQUECE O PRESENTE. ACABA POR NÃO VIVER NEM O PRESENTE NEM O FUTURO. VIVE COMO SE NUNCA FOSSE MORRER. MORRE COMO SE NUNCA TIVESSE VIVIDO."

terça-feira, 6 de abril de 2010

AGENDAS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS 2010

Data: 07/04
Local: Coordenação do Ensino Médio
Horário: 19h
Contadoras: Shirlene e Bárbara
Data: 12/04
Local: Hotel Empresarial - St Universitário
Horário: 8h
Contadora: Shirlene