quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pai

Por Shirlene Álvares

Pai, já são 153 dias... Como falar da sua falta? Eu tentaria atravessar o universo, a luz solar, a alma humana pra ter um minuto e olhar nos teus olhos, pra falar de um amor verdadeiro  que nem as pérolas de todo globo terrestre, e nenhuma pedra preciosa seria capaz de comprar...
Há uma inquietude dentro da gente quando alguém que veneramos parte... e, nunca se despede... diz adeus. O peito sangra, há uma saudade que nunca vai se dirimir...
Pai, como entender toda a vida, sem você pra explicar, fazer rir, acreditar?
Você era meu mestre... ensinou-me a amar... a ser otimista sempre...
Lembro-me das garças mato-grossenses daquele postal, aos 15 anos de idade...
Do sorriso que fazia rir aos outros.
Pai, desconheço outra forma de dizer da dor que sinto...
Das vezes que falta o oxigênio e as histórias que nos contava.
Seu sofrimento nunca terá sido em vão...
Hoje, todas as lembranças contidas na história das histórias da minha vida tem a sua marca... de um pai que foi carinhoso, presente e protetor.
Tudo que eu fizer na vida terá um principio básico: a fé no homem, que aprendi respirando as suas histórias sobre como meu avô era sábio...
Pai, ninguém mais deita na rede, pra dormir até a madrugada afora, ninguém mais bebe leite com farinha, e nem eu como mais os bijus da sua farinha...
Você faz falta demais!

Gyn, 13 de outubro de 2010.

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