Pato
Patareco de Daniel Adalberto
Antônio Torrado
Havia um menino que
se chamava Daniel. Daniel. E vivia numa casa assim
Redonda!
Mas, o Daniel era um menino tão especial que um dia, quando a mãe dele lhe deu
3 moedas, ele resolveu ir no mercado comprar uma prenda. E, assim que entrou no
mercado e olhou pro lado direito, lá estava: quá, quá, quá. Três moedas custou
o pato. Ele foi pra casa e disse:
-
A partir de hoje, tu vai chamar Patareco.
Mas, o pato era especial também, um pato
sabido. Sabia contar. E sempre que o Daniel ia pra escola ou precisava fazer
contas, o pato fazia com ele. E a professora dizia:
- Vamos lá Daniel
quanto é 2+2? E o pato com a pata.
-
Quatro.
-
Muito bem, Daniel.
Tudo corria bem. Nas
histórias normalmente tudo corre bem! Até que um dia o Daniel acordou bem cedo,
chamou a mãe, a mãe estava na cozinha. Tão vendo a mãe estava cozinhando
A
mãe era uma grande doceira, fazia uns bolos.
Chamou
a mãe e disse:
-
Mamãe, não viste meu pato Patareco?
-
Não, não vi.
Então, ele resolveu
ir pelo caminho sempre a chamar:
- Pato Patareco! Pato
Patareco!
Mas, aí o Pato Patareco não apareceu. Foi então,
que se lembrou que costumava brincar por um lago que havia lá perto e foi.
Foi
sempre a chamar. Como ele chamava o pato:
- Pato Patareco! Pato
Patareco!
Olhou com tanta atenção pro lago e o lago tinha
uma ilha assim pequenininha cheia de pedrinhas assim redondas e
luzidias.
E
a água do lago era tão clara e tão pura! Que se conseguia ver as caldas do
peixes e o Daniel sempre a procurar, como ele chamava?
-
Pato Patareco! Pato Patareco!
Ao
fundo do lago havia uma floresta com árvores frondosas, mas ali
o pato também não estava.
E
ele já estava muito longe de casa quando escutou uma voz que chamava:
-
Água fria!
Aí
viu mais abaixo do lago duas tendas de campistas
e desceu até lá. Então, perguntou a um homem se ele havia visto o Pato Patareco.
-
Nem um pato e muito menos o Pato Patareco.
O homem estava uma fera. Foi aí que ele ouviu de novo a voz da água fria da senhora
foi ver, já chegou logo perto. E era uma senhora
que estava a estender roupa. Já havia estendido muita coisa: uma blusa, um
vestido, meias, calça, lençóis...
Mas, esta senhora também não havia visto o Pato
Patareco. E o Daniel resolveu voltar pra casa
Voltou pra casa por este caminho. Deitou-se na
sua cama redonda
Olha a cabeça do Daniel na cama. Tão vendo a dobrinha do lençol, era de
riscas.
Estava o Daniel a dormir, quando começou a vir
um grande barulho. Lá fora, o vento começou a soprar . Ouvia-se uns trovões aqui. Os bichos daqui já estavam assustados! As vacas
só faziam...... Os galos...... Os perus..... O portão só batia, batia e o
Daniel teve que se levantar e teve que fechar a janela que tava assim aberta
Foi
aí que puxou e deu um nó bem apertado e só aí viu no seu pé estava o pato: quá,
quá, quá que chorando com saudades dele.
E
nesse dia, quando a professora perguntou as contas, o Daniel teve coragem: hoje
vou fazê-las sem o Pato Patareco.
-
Daniel vai lá. Hoje, vamos fazer a de multiplicar. – disse a professora. 2 X 2?
Daniel
pensou, pensou.
-
Quatro.
-
E 4X4?
-
Dezesseis.
-
3X3?
-
Nove.
Foi assim que Daniel
Adalberto aprendeu fazer contas com o Pato Patareco.
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