Só o tempo diz a idade...
a idade que o tempo tem...
Tudo envelhece!
Passam anos e os anos vêm...
A pele enrruga
os seios caem
varizes cortam as pernas
é nosso mapa da idade
As mãos calejam
os cabelos caem ou os brancos aparecem...
Um colcha se rasga
Uma panela enferruja, amassa
Pratos viram cacos,
Panos de prato rasgam...
Tudo envelhece, vira farrapos!
E a mulher?
É nos filhos que crescem
que o vício de viver
mostra a idade que tem!
As máquinas
não duram eternidades
são frágeis e quebráveis!
É a morte dos objetos
substitutos do homem...
Substituem o tempo, mas dizem:
o tempo que o tempo tem...
São dias, meses e anostambém...
Mas, acabam
Têem morte certa
Para os objetos o homem não deu alma
vontade própria ou poder de escolha...
E vive o tempo
que a vida tem...
Eternamente...
fnalmente... bem pouco do que o além!
SILVA, Shirlene Álvares da. Poesia escrita em 1990 em sala de aula, estava na Faculdade.
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